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jhiroshi

Quando não se banca o que faz

Atualizado: 23 de nov. de 2023



É fácil bater o martelo o difícil é arcar com os contras...
Pacientes vão a terapia geralmente porque não bancam a responsabilidade de suas escolhas. Quando não são elas a escolherem, com o tempo o cativeiro se torna uma zona de conforto, mesmo com teor insalubre

Um paciente disse viver muito angustiado a base de calmantes, distantes da família, da esposa, das filhas. Trabalhando muito e tento a pressão do departamento e do chefe que o visitava em sua mesa. Tratava-se de um executivo de uma grande empresa, dotado de uma excelente formação e uma carreira sólida de muitas oportunidades na vida. O ápice profissional foi quando foi aceito a trabalhar nessa nova área, muito promissor e tendo muitos desafios nessa nova oportunidade.


Em pouco tempo, passou a entender os desafios de seu trabalho e os sacrifícios que teria um peso em sua vida social e familiar, porém enfrentou a tempestade, chamando-a de dignidade e honra ao mérito e que os louros da sua vitória viriam.


Acumulou conquistadas, mas a balança sempre foi desequilibrada e tendia para o fardo do acúmulo de trabalho e a falta da convivência familiar. Os questionamento foram aumentando e as críticas também equiparam a uma sensação de abandono do lar.


O processo psicoterapêutico se valeu de que não há na verdade um certo ou errado, mas sim da escolha que decide seguir, muitas vezes somos movidos por ações que beneficiam a nos mesmos ou a outros, mas por trás toda articulação, existe também um efeito colateral que essa ação provoca, exemplo: pais que mimam em demasia seus filhos pelo desejo de evitar frustrações da vida, o efeito colateral de suas decisões, tornam crianças narcisistas, alimentadas de satisfazerem seus egos a todo custo. Geralmente a tendência é buscar pelo prazer pleno, desejar o carro do outro é diferente entender que por detrás de um bem material, houve sacrifícios para adquiri-lo, ou seja, efeito colateral de decidir deixar de comprar outras coisas para economizar para uma compra no futuro.


Outrora perguntou-se para o paciente sobre sua entrevista de emprego, de como foi, demorou-se para se lembrar, muitas fragmentações, trechos apagados da memória. Por fim em outras sessões, lembrou-se que aceitou o cargo e que foi detalhadamente avisado que tratava-se de um cargo complicado, de muitos sacrifícios, muitas problemáticas no seu percurso, mas o encantamento do salário de R$37.0000 superou suas expectativas. Aceitou prontamente...


Sua decisão foi tomada um mês depois da sua ultima sessão, precisando ter um momento para si, para ponderar, refletir e tomar suas próprias decisões. O ganho financeiro mudou, mas a qualidade de vida elevou-se. Mesmo numa escolha, houve seus efeitos colaterais, a questão é, você consegue assumir suas ações? Indiferente do que se quer ter, sejam ações produtivas ou não. não importa mesmo, não há certo ou errado. No final deve-se preocupar no efeito colateral de suas escolhas, geralmente indivíduos que buscam terapia tendencialmente tem dificuldade em aceitar o lado sombra do que assumiram abraçar...









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