Parece que aconselhar o outro é mais fácil que aconselhar a si mesmo, pois necessita que sejamos o modelo a ser seguido, um padrão claro. Para quem recebe o conselho, nem sempre admitimos conseguir avaliar a nós mesmos nas atitudes que tomamos que nem sempre é a correta. É necessário mudar o comportamento ou as ações pela orientação recebida, valendo-se da capacidade de evoluir-se através do outro. É possível também admitir que o conselho seja válido, mas nem sempre costumamos agregar em nossas vidas, pois ainda é difícil lidar com velhos hábitos.
Para isso, não basta apenas aceitar o conselho, é preciso ter flexibilidade da mudança. Uma pessoa rígida, muito concreta, vai ser difícil aceitar mudanças, pode ser uma criança que esperneia por um brinquedo na loja ou um adulto que não consegue aceitar o fim de um namoro. Já uma pessoa flexível, aceita opiniões e observa se há fundamento ou não no aconselhamento.
Para aceitar opiniões é preciso ter autoestima (ou não - em outros casos pode se ter um ego demasiadamente imponente), caso contrário, se torna uma lei a ser seguido, mesmo a contra vontade. Quanto à flexibilidade, essa habilidade de aceitar a opinião alheia, de avaliar decisões, é desenvolvida ao longo do tempo, quando criança percebe que não é a única, há uma cadeia interpessoal que auxilia no crescimento infantil, pode ser um coleguinha da escola que empresta o carrinho, mas que nem sempre é aquele que queria brincar. Pode ser quando o genitor verbaliza que outro dia levará o filho para o cinema porque hoje já se divertiram no parque.
A flexibilidade é a habilidade de compreender o outro, avaliar o momento e dispor de um entendimento maior sobre determinado assunto, aguardar outro momento ou sublimar o desejo.
Autor: José Hiroshi Taniguti
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