Estar numa sessão psicoterapêuticas nem sempre quer dizer que você está em processo de mudança. Há uma falsa ilusão dada por muitas mídias sociais de que o processo simplesmente flui. Nem sempre estar com o psicólogo é motivo de "se abrir" ou manifestar verbalmente suas sombras de forma pontual. O paciente que nunca fez terapia, sente-se desconfortável e ansioso da forma como deve falar ou como será interpretado. É inevitável que poucos tratem suas queixas de forma tão clara e assertiva, pois quase sempre é esperado (geralmente é inconsciente) que relate a queixa interpretando de forma resumida o que lhe considera pertinente, nem sempre revendo suas contradições e abrindo-se a interpretações do profissional.
É um processo em que cada paciente como um ser único passa por um processo natural de compreender sua queixa, internalizar e se ver num dilema de acatar mudanças ou rever seus paradigmas. Não é possível basear-se em tempo hábil que outro paciente conseguiu realizar esse processo em curto espaço de tempo, já que a construção sócio-histórica de um outro paciente é totalmente individualista para com um outro ser humano. Pode-se criar um nível de ansiedade ou angústia por conta de uma padrão esperado para que o paciente se manifeste de forma esperado.
As vezes existem uma pressão externa, vindo de familiares, da(o) conjugue, dos amigos, do trabalho, resoluções que se pede providência. Isso tende a tornar o processo psicoterapêutico demasiadamente conflituoso, já que o paciente entende que urge que tome uma ação clara sobre sua queixa. É como aguardar entrar na brincadeira de "pular corda", portanto até quando os participantes aguardaram sua entrada no jogo? O tempo urge e nem sempre é possível respeitar o tempo certo do paciente.
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