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O nosso Hitchcock de cada dia...


Como não tem muitas opções de lazer, o fotografo vasculha a vida dos seus vizinhos com um binóculo, quando vê alguns acontecimentos que o fazem suspeitar que um assassinato foi cometido.
Socialmente somos dependentes da observação e de sermos observados, então é necessário que nossos filtros estejam limpos, separando o que é aproveitado ou descartado.

Alfred Hitchcock apresentou em 1954 um filme inovador, um voyeurismo suspense em que o personagem principal, um fotógrafo que está confinado em seu apartamento por ter quebrado a perna enquanto trabalhava, vasculha a vida dos seus vizinhos através de uma camera de fotografia com lentes de alto poder de zoom pela janela de sua sala por não tem muitas opções de lazer. Espionando a vida de seus vizinhos quando vê alguns acontecimentos que o fazem suspeitar que um possível assassinato possa ter sido cometido.


"O mundo de Jeff (fotógrafo) é conectado ao de seus vizinhos, mas separado por uma barreira invisível de aparente individualidade que é vagarosamente demolida pela câmera indiscreta de Hitchcock representando a câmera do próprio fotógrafo e, em última análise, nossa vontade e curiosidade de saber o que acontece na vida dos outros" - trecho fonte: https://www.planocritico.com/critica-janela-indiscreta-1954/.


Tal como essa análise descreve a respeito do filme, somos constantemente amparados, orientados, comparados, avaliados (por nós mesmos ou por outros) através de personagens fictícios, personagens públicos, parentais, de conhecidos e até mesmo de estranhos/desconhecidos que de certa forma habituamos na "nossa vontade e curiosidade de saber o que acontece na vida dos outros". Geralmente retratado como um "recorte" quando o paciente faz referências de sua vida em compraração a outra.


O recorte é algo muito comum em sessão, fazendo-se referências muito importantes em sua trajetória de vida na qual o psicólogo adquiri repertório de acolhimento e intervenção. Por vezes é tema de muita angústia e quadros depressivos, quando o indivíduo se apega numa determinada situação em que avalia um outro indivíduo em que esteja numa situação melhor do que ele. Sendo assim, neste situação, colocando-se em comparação sem um uso de filtro pessoal na qual o auxiliaria de validar também seus méritos em relação ao outro e lhe auxiliando na possibilidade da reflexão do que poderia ser uma distorção fantasiosa.

A dificuldade de retratar apenas o recorte do outro indivíduo é algo mais comum do que podemos imaginar...


Quando se trata de uma versão contrária em que nos nos colocamos acima do outro, é algo velado porque em alguns grupos/comunidades, pessoas de convívio/região e opinião pública podem avaliar negativamente como falta de conduta com pessoas menos oportunadas que nós, por outro lado, alguns se vêem como referências de sucesso pessoal e geralmente bem aceito pela sociedade capitalista, então este jogo de comparações é algo inevitável.


Há pessoas que não necessitam de se comparar com alguém menos afortunado/ou contrário, então pode se dizer que o filtro interno consegue separar o "joio do trigo"do que nos traga algo tóxico que é recusado e do que de resto, aceitamos como algo útil em nossas vidas. Geralmente essa percepção tem muito haver como fomos criados e educados, a ausência desse desenvolvimento infantojuvenil acarreta deixarmos de buscar referências parentais como base para alienarmos com personagens de mídia social e do entretendimento quando adultos, mesmo de forma inconciente.










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