Como já dizia Rick: "Nós sempre teremos Paris"...
Maior parte de nossas vidas, vivemos em função do trabalho, seja deslocar-se diariamente de nossas casas para o local de trabalho ou trabalhar em office home. Se o processo de frustrações, desafios e enfretamentos foram resinificados no decorrer da infância para a vida adulta de forma supostamente tranquila, a probabilidade de levarmos conteúdo emocional para o trabalho será pífio, talvez aparece nos momentos de relembrar o passado de forma mais animada numa roda de happy hour com os colegas ou num momento "dejavu".
A vida adulta requer compromissos e obrigações e geralmente não se sobra muito tempo para si, por vezes, casais se desdobram pelos filhos mimados, cuidam de pais enfermos que não lhe deram tanto afeto, vivem um ciclo de relacionamentos amorosos por interesse carregados por uma visão gélida de si e de outros. Tais situações estamos a toda hora a convite de viver por nossas escolhas.
Compreendemos que a vida real seja uma selva, onde a base é a sobrevivência, somos preparado para a vida adulta, somos alimentados amorosamente, psicologicamente, intelectualmente para que possamos enfrentar os desafios futuramente. Mas quando não houve esse processo de maturação e desenvolvimento infantil, muitas pessoas adquirem propensão de não solucionarem seus problemas pessoais e buscarem o enfrentamento de problemas alheios, mesmo com a possibilidade não conseguirem resolve-los.
Trata-se de uma fuga, auxiliar, aconselhar outros é uma fantasia romantizada de ser admirado por seus feitos, porque nega-se a olhar para si. É como alguém que aconselha procurar um médico sobre sintomas possíveis para um câncer e ela própria apresentar os mesmos sintomas. O herói romantizado não se importa tanto com sua vida mas precisa garantir o salvo conduto para os demais. É o suicida que escreve uma carta de despedida na esperança que seja lembrado e chorado em seu leito de morte, ainda sim é uma fuga perigosa...
Comments