Observa-se que ao participarmos de algo é para se beneficiar de algo logo em seguida, ás vezes se demora um pouco mais tempo, mas é fato que buscamos sempre um resultado esperado, seja por um certificado/aperfeiçoamento, para fazer parte de uma turma, por uma promoção de carreira, por uma forma de melhor se sobressair em uma entrevista de emprego.
Diferente do que se espera a criança em si, não trabalha viabilizando o resultado daquela atividade ou a promoção que irá alcançar. É na própria atividade, naquele momento sublime que está acontecendo o(s) resultado(s), um exemplo seria observarmos uma criança apresentando seu desenho pintado a outros, neste caso entenderíamos como um resultado obtido.
Para a criança o resultado acontece durante o processo do ato de desenhar e pintar, quando erra, fica com dúvidas, quando faz de um jeito e logo refaz um outro jeito (não há um certo ou errado). É neste ponto é onde a criança colhe seus frutos.
A mediação de um responsável durante o desenvolvimento da criança na atividade sempre é um diferencial, é pela ação dele e do outro que se cria o vínculo afetivo, a ação do outro é recíproca, por isso rico de possibilidades de construções simbólicas e afetivas, tão importante para o desenvolvimento pessoal da criança.
Quando responsáveis apresentam mais a importância aos resultados do que o processo de desenvolvimento para alcançar aquele resultado esperado, as crianças podem ser mais aptas e se frustrarem com o resultado quando forem adultas, tornando-as inclusive imediatistas.
Fazer o processo ao contrário, viabilizando a importância do desenvolvimento do que o resultado pode proporcionar no desenvolvimento da criança, mais flexibilidade emocional e mental tanto para sua vida profissional como também para sua vida pessoal, na qual o resultado passa a dar um novo significado não como um ponto a ser alcançado, mas uma oportunidade de outras possibilidades a serem atingidos.
Autor: José Hiroshi Taniguti
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