Por trás de um comportamento de não dizer "não", pode haver um indivíduo que necessita da aprovação do outro. Quem os vê, nota indivíduos que trazem uma imagem de pessoas "boazinhas", mas que na intimidade não se veem desta forma.
A autoimagem é algo a ser trabalhada e raramente não se tem intenção de mexer no passado, cabendo a se limitar a idealizar em ser notado pelo alheio do que imaginar-se um dia de se sentir merecedor de quem se tornou, tomando posses de suas convicções e conquistas durante sua trajetória de vida.
A baixa autoestima pode levar a desconsiderar como apto em determinada função, seja profissional, social ou amoroso, cabendo a tornar-se a expectativa do outro em que então é preciso viver na fantasia ideativa que o outro, espelha de quem tem dificuldade de dizer "não". Ou seja, o indivíduo se negativa e aceita as vontades do outro, criando um personagem fictício que ao passar do tempo pode não suportar a farsa, lhe trazendo desanimo, desamparo, depressão, angústia e ansiedade mais intensificadas.
O que fazer diante da dificuldade do ato de dizer "não"? A necessidade de resinificar o passado, nem sempre acolhedor e inspirador, provavelmente marcado pela falta, pela passividade dos acontecimentos e achar que deveria ter tomado outra atitude. Não há uma máquina do tempo como nos filmes hollywoodianos, mas mexer no passado de forma mais realista nem sempre é tão romantizada como vemos na telinha.
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