Não confunda uma escolha com uma atitude...
Durante as sessões é comum, queixas relacionadas as escolhas que realizamos. A principio muito do que escolhemos tem haver com vantagens e ganhos iniciais, mesmo avaliando os percalços ou dificuldades que fazem parte dessas escolhas, achamos que a balança tende a nos beneficiar mais do que as dificuldades.
Nem sempre um peixe sem espaço para nadar num aquário cheio, saltear para outro vazio trata-se de uma boa escolha. A este peixinho que viu vantagens de escolher um local onde possa nadar livremente, será responsabilizado por sua escolha. Claro que há benefícios, a escolha o fará viver fora de um circuito social que fazia parte, por vezes poderá sentir-se só, mas compreende a escolha que fez que é um bom sinal. A verdade é que nem todos aceitam as escolhas que tomaram para si.
Dentro de uma sessão psicoterapêutica não necessariamente o paciente é penalizado por más escolhas, pois na verdade não existe um certo ou errado. Obviamente por vivermos em uma sociedade que exista regras sociais a serem seguidos, dependendo da transgressão podemos ser duramente penalizados por isso. Desde que não aflija dano físico, moral e emocional ao outro, é possível arcar com nossas escolhas da forma que quisermos. Afligir dano físico ou emocional a si mesmo normalmente requer outra abordagem.
Estamos conversando sobre arcar com escolhas que fazemos, a benefício próprio ou auxiliando ao outro, nem sempre as vantagens são positivas mesmo de uma pré avaliação antes de tomar certas atitudes e garantir "pontas soltas" no caminho. Não há impedimento de estagnação de certas más escolhas que fazemos, por vezes, o paciente trava por não reconhecer a responsabilidade do que escolheu e não ache que deva se compromissar com essa situação, portanto não escolhe a mudança, pois acredita fixamente nas vantagens, teima em não reconhecer o outro "lado da moeda".
Entender a vantagem e a desvantagem é uma responsabilidade, então podemos dizer que ao se responsabilizar é reconhecer a escolha. Parece ser algo fácil, mas nem todo paciente consegue compreender e resinificar em sua vida, acrescentando um longo processo terapêutico...
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